Leia as respostas às perguntas comuns sobre o Deflux

Perguntas comuns sobre Deflux – um tratamento não cirúrgico para RVU

O tratamento com Deflux requer cirurgia?

O tratamento endoscópico por Deflux é um procedimento não cirúrgico e minimamente invasivo de injeção. O seu médico utilizará uma pequena câmera chamada cistoscópio (um tipo de endoscópio usado para visualizar a bexiga) para colocar apropriadamente o gel. O gel é injetado na união do ureter e da bexiga. Durante o procedimento, o seu filho deve receber anestesia geral. O tratamento endoscópico com Deflux geralmente leva cerca de 15 minutos e as crianças podem voltar para as suas atividades normais no próximo dia.1

Como sei que o Deflux funcionará para o meu filho?

A maioria das crianças tem sucesso após uma injeção, enquanto algumas podem precisar de mais injeções. Um estudo de 2011 comprovou a efetividade do Deflux em até 93% das crianças, sem infecções febris no trato urinário (ITUs febris) após uma injeção.2

Quão seguro é o Deflux?

Desde 1998, o Deflux tem sido utilizado no tratamento de refluxo vesicoureteral (RVU) em crianças. O gel é semelhante aos amidos, açúcares e tecidos naturais do corpo. O Deflux é constituído de dois polissacarídeos (tipos de moléculas de açúcar) não prejudiciais ao organismo – o ácido hialurônico (HA) e o dextranômero (Dx).

O ácido hialurônico (HA) é decomposto (biodegradado) em pouco tempo e naturalmente, sendo substituído pelo próprio material do corpo, enquanto o dextranômero continua no local por mais tempo. O HA no Deflux é o Ácido hialurônico estabilizado não animal (NASHA®), uma tecnologia patenteada de HA feita a partir de bactérias não animais e reticulada especificamente para estabilidade e biocompatibilidade ideais. O NASHA é usado com segurança para o RVU há mais de duas décadas e tem sido usado em mais de 40 milhões de procedimentos em todo o mundo, geralmente como preenchimento dérmico.3

O tratamento com Deflux apresenta alguns riscos potenciais. Como em qualquer procedimento endoscópico, há um pequeno risco de infecção e sangramento decorrentes do procedimento. Na possibilidade de o Deflux poder ser visto em imagens médicas, futuros médicos devem ser informados de que seu paciente fez tratamento com Deflux. Os seguintes eventos adversos foram relatados com Deflux (ocorrência de 1%): bloqueio dos ureteres (alguns casos raros exigem a colocação temporária de um stent ureteral). Você deve perguntar ao seu urologista pediátrico (médico do RVU) sobre este e outros possíveis efeitos colaterais.

  • A segurança e eficácia do Deflux em mulheres grávidas ou lactantes não foram estabelecidas.

Quem não deve ser tratado com Deflux?

Seu urologista pediátrico pode ajudar a determinar se Deflux é adequado para seu filho.
As crianças com alguns tipos de condições médicas não devem ser tratadas com Deflux:

  • Megaureter refluxivo primário com estenose distal
  • Disfunção miccional descontrolada

Por que devo tratar meu filho com RVU se meu médico diz que ele pode crescer e ficar curado?

Algumas crianças podem superar o RVU, geralmente quando é um caso leve. Isso é o que seu médico ou urologista pediátrico chama de resolução espontânea.

A probabilidade de resolução espontânea varia de acordo com a idade da criança, o grau de RVU e se o RVU está em um ureter ou em ambos.

Gráfico de resolução de RVU – Porcentagem de chances de resolução de refluxo após um número específico de anos4

American Urological Association

Grau Idade 1 ano 5 anos
Grau 3 – Um ureter 2-5 anos 13,4% 51,3%
Grau 3 – Ambos os ureteres 2-5 anos 7,0% 30,5%
Grau 3 – Um ureter 5-10 anos 10,8% 43,6%
Grau 3 – Ambos os ureteres 5-10 anos 2,6% 12,5%

O tratamento é importante para proteger os rins. As infecções renais podem causar danos ou cicatrizes nos rins, o que pode resultar em mau funcionamento dos rins e pressão alta.

Pacientes com RVU com cicatriz renal desenvolveram outras condições5

Doença RVU (sem cicatriz renal) RVU (com cicatriz renal)
Proteinúria (proteína na urina) 1,6% 5,1%
Doença renal 0,0% 2,0%
Hipertensão (pressão alta) 1,0% 2,8%

Qual é o melhor tratamento para o meu filho?

Esta é uma discussão que você deve ter com seu médico e um urologista pediátrico. Na maioria dos casos, você tem a opção de antibióticos, tratamento endoscópico com Deflux, ou cirurgia aberta – todos com benefícios e riscos específicos. Você deve se certificar que entendeu tudo o que está envolvido, desde o tratamento até o acompanhamento necessário. Só então você pode decidir o que é certo para sua família.

Referências:
  1. Cerwinka WH, Scherz HC, Kirsch AJ. Endoscopic treatment of vesicoureteral reflux with dextranomer/hyaluronic acid in children. Adv Urol. 2008; 1-7.
  2. Kalisvaart JF. Intermediate to long-term follow-up indicates low risk of recurrence after double hit endoscopic treatment for primary vesicoureteral reflux. J Ped Urol. 2012;8(4):359-365.
  3. Data on File.
  4. Elder JS, Peters CA, Arant BS, et al. AUA pediatric vesicoureteral reflux clinical guidelines panel: The management of primary vesicoureteral reflux in children. American Urological Association Education and Research, Inc. 1997.
  5. Finkelstein J, Rague J, Varda B, et al. Renal scarring is associated with adverse renal outcomes during longitudinal assessment. J Urol. 2019;201(4S):MP64-14.
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